segunda-feira, 23 de maio de 2016

A simplicidade do subcomunicável

Seria de grande valia se a sinceridade fosse metalinguística e nos ensinasse a aceitar as verdades que nos fariam sinceros. Provavelmente, teríamos um grande avanço nas tecnologias e nas ciências incultas, nas pesquisas com células mortas, nas viagens intergalácticas. Conseguiríamos explicar a heterossexualidade, a ideologia de gêneros textuais e a plurissignificação de uma taça de vinho. A certeza maior é de que o mundo seria mais igual ao que jamais há sido e as populações mais frágeis estariam recebendo suas belas doses de esteróides com bifes de fígado. O tempo derretido sob o ácido que nenhum Salvador Dali da Bahia conseguiria representar em calepsidra digital e que nenhum Baumann conseguiria ~~~~~
Seria de grande valia se a metalinguística fosse mero acaso e nos sujeitasse na medida em que as misteriosas forças do que não está enquadrado nos reconduzissem ao sonho e nos fizessem menos brutais, nos tornando mais sutis, etéreos, esteróides~~~~~
Seria de grande ajuda se a clareza que nos espanta não mais nos usurpasse o sorriso, se o grito de agonia contido fosse transformado em uma gargalhada doce, com sabor de nuvem branca, se o líquido e o vapor comungassem pra nascer um novo estado de loucura, de visões com cores fortes e difusas, porém nos fazendo perceber que é possível encontrar a cura da infâmia, produzir litros e litros de elixir contra a insuficiência, a ciência e intolerância a Lacan ~~~~~

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